E aí perdido, que bom que te encontrei! Iniciar algo novo é sempre carregado de energia e expectativa. Seja uma dieta, uma rotina de exercícios, aprender um novo idioma ou qualquer outro novo hábito, o pontapé inicial geralmente vem acompanhado de empolgação e planejamento. Mas a grande questão que me persegue (e talvez persegue você também!) é: o que é mais difícil – começar uma nova rotina ou, de fato, mantê-la a longo prazo?

Sentindo-me desconfortável mesmo em casa

Recentemente, vi alguns conteúdos defendendo que começar é o mais complicado. Confesso que minha experiência aponta para o lado oposto, e quero explorar o porquê disso, compartilhando minha própria jornada com a manutenção de hábitos.

Por que começar uma rotina parece mais simples?

Pensemos na caminhada matinal, como faria a minha rotina. Para começar amanhã, você planejaria: defino o horário de dormir, ajusta o despertador, talvez separa a roupa. É uma nova tarefa a ser encaixada, e a novidade em si já traz um certo ânimo. É o momento da idealização, onde tudo parece possível e os benefícios futuros já brilham nos meus olhos.

Eu, por exemplo, se fosse iniciar uma caminhada às 6h, me organizaria na noite anterior, vislumbrando a satisfação de cumprir a meta no dia seguinte. É um esforço concentrado no “agora” e no “próximo passo”. E é relativamente fácil fazer isso por um ou dois dias, impulsionado por essa motivação inicial.

O Verdadeiro Desafio: Manter a Rotina Além da Empolgação

Aqui é onde a coisa aperta. A empolgação inicial inevitavelmente diminui. A rotina deixa de ser novidade e se torna, bem… rotina. E é nesse ponto que a disciplina e a motivação são postas à prova.

A cama quentinha em uma manhã fria se torna um argumento poderoso. O “só mais um pouquinho” vira uma tentação constante. Aparecem dias em que você simplesmente não se sente bem, física ou mentalmente, para cumprir o planejado. E, aos poucos, a falta de resultados imediatos visíveis (ou a dificuldade em percebê-los) pode minar a sua força de vontade.

Outro ponto que me pega muito é a falta de companhia. Iniciar e manter uma rotina sozinho é, para mim, muito mais difícil. Embora a responsabilidade seja nossa, compartilhar a jornada com alguém – nem que seja apenas para conversar sobre os desafios e pequenas vitórias – traz um ânimo extra. Você anima o outro, o outro te anima, e cria-se um ciclo positivo de apoio e motivação contínua.

Minha Experiência na Prática: A Jornada (e a Parada) da Caminhada e Dieta

Sim, eu já estive exatamente nessa situação. Planejei e comecei uma rotina de exercícios e alimentação saudável no final de 2019. Incluía caminhada, pular corda e uma dieta com foco em vegetais e proteínas, substituindo o tradicional arroz e feijão (sim, foi uma mudança grande!).

Comecei super animado, fazendo todos os dias. No início, frequentava praças e parques. Com o tempo e, crucialmente, com o avanço da pandemia, esses locais começaram a fechar, e precisei adaptar, caminhando pelas ruas.

A motivação foi diminuindo. Tentei outras coisas para não desistir, como um tipo de crossfit e até academia – algo que nunca gostei. Olhando para trás, essa tentativa de forçar algo que não me dava prazer pode ter contribuído para a desistência.

Os benefícios, no entanto, foram enormes e visíveis! Em pouco mais de 6 meses, fui de 120kg para 98kg. Eu me sentia muito bem, com mais energia e disposição. A alimentação saudável e a atividade física combinadas realmente funcionaram para mim.

Mas, com a pandemia se intensificando e as mudanças que precisei fazer na rotina de exercícios, acabei parando com tudo. A tentativa de manter algo que havia se tornado maçante e a falta de estrutura (com os locais fechados) foram barreiras significativas.

Lições Aprendidas e O Futuro (Com Ressalvas)

Apesar de ter parado, vejo claramente os benefícios que obtive. E sim, acredito que faria tudo de novo, mas com importantes aprendizados:

  1. Focar no que funciona e dá prazer: Caminhada e pular corda funcionaram para mim. Academia, não. É importante encontrar atividades físicas que você goste.
  2. Flexibilidade na dieta: Substituir completamente o arroz e feijão pode ser muito restritivo a longo prazo. Buscar receitas saudáveis e doces sem açúcar é uma boa alternativa, mas com mais flexibilidade.
  3. Buscar apoio: A falta de companhia pesou. Encontrar um amigo, um grupo online, ou até mesmo compartilhar no blog (olha só!) pode ajudar a manter a motivação.
  4. Cuidar da saúde mental: Mencionei que hoje não me sinto bem psicologicamente para recomeçar. Reconhecer isso é crucial. A saúde mental é a base para a saúde física e a manutenção de hábitos.

E Para Você: Qual o Maior Desafio?

Essa é a minha história e minhas reflexões sobre começar e manter uma rotina. E você, o que sente que é mais difícil? A empolgação inicial ou a disciplina para continuar dia após dia?

Como você lida com a perda de motivação? Tem alguma estratégia para se manter no caminho?

Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo! Adoraria saber sua perspectiva, seus desafios e suas dicas. Sua história pode ser a motivação que eu (e outros leitores) precisamos para não desistir!